António Vieira: differenze tra le versioni

Contenuto cancellato Contenuto aggiunto
m sistemo
Traduzione ed inserimento di una citazione.
Riga 1:
'''António Vieira''' (1608 – 1697), gesuita, missionario e scrittore portoghese.
 
==''Sermão da Sexagésima''==
==Citazioni di António Vieira==
*Anticamente si convertiva il mondo; oggi perché non si converte nessuno? Perché oggi si [[predica|predicano]] parole e pensieri; anticamente si predicavano parole e opere. Parole senza opere sono sparo senza palla, tuonano, ma non feriscono. La fionda di David abbatté il gigante, non lo abbatté però con lo schiocco, ma con la pietra: ''Infixus est lapis in fronte ejus''<ref>{{Cfr}} ''Samuele'', I, 17-49.</ref>. Le voci dell'arpa di Davide gettavano i demoni fuori dal corpo di Saul, ma non erano voci pronunciate con la bocca, erano voci formate con la mano: ''David tollebat citharam, et percutiebat manu sua''.<ref>{{Cfr}} ''Samuele'', I, 16-23.</ref> Perciò Cristo paragonò il predicatore con il seminatore. Il predicare che è parlare si fa con la bocca; il predicare che è seminare si fa con la mano. Per parlare al vento bastano parole; per parlare al cuore sono necessarie opere.
:''Antigamente convertia-se o mundo; hoje por que se não converte ninguém? Porque hoje pregam-se palavras e pensamentos; antigamente pregavam-se palavras e obras. Palavras sem obras são tiro sem bala; atroam, mas não ferem. A funda de David derrubou a o gigante, mas não o derrubou com o estalo, senão com a pedra: ''Infixus est lapis in fronte ejus''. As vozes da harpa de David lançavam fora os demónios do corpo de Saul, mas não eram vozes pronunciadas com a boca, eram vozes formadas com a mão: ''David tollebat citharam, et percutiebat manu sua''. Por isso Cristo comparou o pregador ao semeador. O pregar que é falar faz-se com a boca; o pregar que é semear faz-se com a mão. Para falar ao vento bastam palavras; para falar ao coração são necessárias obras.''<ref>Da ''Sermão da Sexagésima'', in ''Sermões, Pelo bom suceso das Armas de Portugal contra as da Holanda, de Santo António aos peixes,da Sexagésima. Estudo sobre a vida e obra de Vieira por Diamantino Carvalho Vicente e Neves Águas'', Publicações Europa-América, (pp. 105-106.</ref>)
*Apprendiamo dal cielo lo [[stile]] della disposizione, e anche quello delle parole. Come devono essere le parole? Come le stelle. Le stelle sono molto distinte e molto chiare. Così deve essere lo stile della predica; molto distinto e molto chiaro. E non temiate per questo che lo stile sembri basso; le stelle sono molto distinte, e molto chiare, e altissime.
:''Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras. Como hão-de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há-de ser o estilo da pregação; muito distinto e muito claro. E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas, e muito claras, e altissimas.''<ref>Da ''Sermão da Sexagésima'', in ''Sermões, Pelo bom suceso das Armas de Portugal contra as da Holanda, de Santo António aos peixes,da Sexagésima. Estudo sobre a vida e obra de Vieira por Diamantino Carvalho Vicente e Neves Águas'', Publicações Europa-América, (p. 110.</ref> )
*Infine, perché i predicatori sappiano come devono predicare e gli ascoltatori chi devono ascoltare, termino con un esempio del nostro Regno e quasi dei nostri tempi. Predicavano a Coimbra due famosi predicatori, entrambi molto celebri per i loro scritti; non ne dico il nome perché devo differenziarli. Si accese una disputa fra alcuni dottori dell'Università su quale dei due fosse il predicatore più grande e poiché non c'è giudizio senza inclinazione, gli uni dicevano questo, gli altri quello. Ma un professore che fra essi aveva maggior autorità concluse in questo modo: «Fra due uomini così grandi non oso interporre giudizio; dirò solo una differenza che sperimento sempre: quando ascolto uno, esco dal sermone molto soddisfatto del predicatore; quando ascolto l'altro esco molto insoddisfatto di me.»<br />Con questo ho concluso.
:''Enfim, para que os pregadores saibam como hão-de pregar e os ouvintes a quem hão-de ouvir, acabo com um exemplo do nosso Reino, e quase dos nossos tempos. Pregavam em Coimbra dois famosos pregadores, ambos bem conhecidos por seus escritos; não os nomeio, porque os hei-de desigualar. Altercou-se entre alguns doutores da Universidade qual dos dois fosse maior pregador; e como não há juízo sem inclinação, uns diziam este, outros, aquele. Mas um lente, que entre os mais tinha maior autoridade, concluiu desta maneira: «Entre dois sujeitos tão grandes não me atrevo a interpor juízo; só direi uma diferença, que sempre experimento: quando ouço um, saio do sermão muito contente do pregador; quando ouço outro, saio muito descontente de mim.»<br />Com isso tenho acabado.'' (p. 125)
 
==Citazioni su António Vieira==
*Vieira viveva un piena epoca sacrale, nella quale tutto era impregnato di religiosità; tanto nel settore collettivo quanto nella vita privata. È chiaro che sapeva distinguere nitidamente il sacro dal profano, ma una distinzione teorica è molto differente da una separazione pratica. Di fatto, intrecciava i due terreni fra loro: le cose temporali erano valutate soprattutto come strumenti della salvezza eterna dell'uomo. Possiamo perfino dire che Vieira, figlio del Barocco peninsulare, non di rado confondeva i due spazi. ([[Joseph Jacobus van den Besselaar]])
 
==Bibliografia==
*António Vieira, ''Sermões, Pelo bom suceso das Armas de Portugal contra as da Holanda, de Santo António aos peixes,da Sexagésima. Estudo sobre a vida e obra de Vieira por Diamantino Carvalho Vicente e Neves Águas'', Publicações Europa-América.
 
==Note==